domingo, 4 de julho de 2021

July 2021 - and the same old madness

         Há alguns meses minha carreira deu um salto, ou eu deveria ver dessa forma. Mesmo diante de todos os meus erros estou ali, "progredindo", "aprendendo" e em melhor condição. Estava confiante e feliz, apesar de insegura, que poderia fazer uma simples diferença e trazer o que eu achava que faltava no ambiente. Mas estava errada, e as coisas nunca estiveram tão ruins. 

        A insegurança aumenta diariamente, assim como meu ódio de ver os ocorridos e estar de mãos atadas. Ao longo dos anos me culpei por não conseguir estreitar laços com as pessoas ou não ser sociável o bastante para obter uma conversa agradável por muito tempo e ali eu consegui, após alguns anos eu realmente me sentia "em casa". Hoje percebo que tudo o que vivenciei até agora foram meras formalidades e que nada era real. Fui inocente, fui ingênua e nem sei o motivo de estar tão surpresa. Sempre acreditei que as crianças eram as mais sinceras, ao menos nisso eu tive razão e essa tem sido minha única motivação.

        A decepção ao escrever isso é completa, e isso tem me desanimado cada vez mais ao longo dos dias.

        A frustração vai além do convívio, envolve como as pessoas são, como o sistema econômico e social funciona, como é a natureza do ser humano em geral. Os relacionamentos e como o egoísmo é o fator norteador de tudo. O desapontamento, mesmo no auge de todos os meus privilégios, é completo. E eu não deveria me sentir dessa forma, creio que não mereço me sentir assim. A dor maior é saber que não importa o quanto eu estude, o quanto eu ache que sei ou deveria saber, nada nunca vai ser o bastante e sempre estarei aquém do que eu poderia alcançar. Estarei sempre atrás e duvidando de mim, de cada conquista e de cada coisa que eu produza. Vou sempre me lamentar, embora isso seja horrível, de ter me tornado uma pessoa mediana. Vou sempre me arrepender de tentar ajudar os outros e me anular, ou simplesmente estar tão exausta e perder a vontade de discutir.